quarta-feira, 6 de julho de 2011

Do Novo Mundo à Terra Média, com escala no Espaço: Age of Empires, Carpe Astra e The Lord of the Rings: The Card Game

Mais um dia de jogatina aqui em casa, e veio pouca gente. Dessa vez, apareceram o Patrick e o Lezard. Logo que o Patrick chegou, puxamos o Warhammer Invasion pra jogar, mas antes de terminar de explicar pra ele as regras, chegou o Lezard. Então escolhemos jogar o Age of Empires 3.


Excelente jogo, com mecânica de executar ações através de da alocação de trabalhadores e a principal pontuação através da maioria nas áreas do Novo Mundo. Há diversos espaços onde os jogadores podem colocar seus trabalhadores, e além disso, há diversos tipos de unidades. O colonizador é um genérico, sem poder especial. O padre tem o poder de gerar mais um trabalhador quando é enviado pra América. O mercador, ao ser enviado pra América, gera 5 pila, e também conta como 2 no espaço dos navios mercantes. O capitão conta como 2 nos navios mercantes e nas descobertas. E o soldado dá dinheiro extra nas descobertas, além de poder ser usado em batalhas no Novo Mundo.


Não vou explicar detalhadamente o jogo nem todas as ações, mas resumidamente, há escolha da iniciativa para o próximo turno, espaço para enviar unidades para o Novo Mundo, escolha de bens, navio mercante, compra de construções, descoberta, treinamento de novas unidades e guerra.

Ganha-se dinheiro através dos conjuntos de bens, a cada final de turno. O navio mercante age como um bem curinga, que serve pra aumentar os conjuntos. O outro modo é descobrindo territórios, enviando expedições. Além de um valor base do tile ou carta revalados, há também um valor que multiplica pelo número de soldados da expedição.


O dinheiro pode ser usado para comprar construções (que tem poderes especiais), para treinar algum tipo de unidade que não está mais disponível de graça ou para iniciar uma guerra.

A partida foi muito boa. O Patrick começou atacando com os soldados, coisa que não acontece muito no jogo. O combate é algo bem secundário mesmo. Então eu comecei a fazer vários soldados pra me defender também. Cada um foi se especializando em uma unidade. Eu tinha comprei várias construções que me davam um soldado, o Patrick tinha um combo de construções que beneficiavam os padres e o Lezard tinha as construções que davam capitães.

O Patrick ia disparando nos pontos, eu um pouco atrás e o Lezard BEM mais atrás. Então ele começou a fazer praticamente só descobertas e pegar bens. Eu e o Patrick estávamos disputando forte o domínio em vários territórios, inclusive fazendo uso dos soldados.


No penúltimo turno começou uma forte discussão sobre o poder de alguns prédios. Na última era tem vários que dão pontos de vitória, e eu não lembrava se era em cada turno, se era uma vez só ou se era no fim do jogo. Lembrava de ter jogado fazendo uso dos poderes de pontuação só no fim do jogo, mas fui procurar de novo na parte final, onde tem um resumo de todas construções e não dizia nada de quando era. Ficamos um bom tempo discutindo até achar na regra a parte que diz que os prédios que dão pontos, só são utilizados no final da partida.


Depois do último turno vem a pontuação final, que além da presença no continente, conta também o dinheiro dos conjuntos e as construções especiais. Eu achei que o Patrick ia ganhar, porque ele tava na frente e tinha muita territórios na América, e achei que o Lezard ia ficar muito pra trás em último. Só que não aconteceu nada disso! O Patrick pontuou bastante nos territórios, mas não muito com os conjuntos e construções. E o Lezard fez muitos pontos com descobertas, disparando na frente. E eu, numa mistura de presença no Novo Mundo, conjuntos de bens e construções, ganhei o jogo com 1 ponto de vantagem! 1 ponto! E isso porque o Lezard fez uma cagada no meio do jogo e colocou o personagem errado pra pegar o navio mercante. Se ele tivesse esse navio, tinha ganhado o jogo.

Baita partida!


Depois, eu escolhi um jogo que é muito massa e que fazia um bom tempo que não ia pra mesa: Carpe Astra. Esse foi o primeiro jogo "moderno" que eu comprei, em 2009, e é um dos que eu mais gosto.

O tema dele é política, em um ambiente futurista interplanetário. O Imperador está perdendo poder, e o governo tá indo mal. Cada um dos jogadores é o líder de uma guilda pretendendo tomar o lugar como chefe do Império. Pra conseguir isso, é necessário obter o suporte das diversas guildas e sabotar os planos dos adversários.


O tabuleiro modular começa pequeno com apenas alguns tiles de guilda, além da base de cada jogador. Dependendo do número de participantes, também tem o senado no centro do tabuleiro. Cada jogador recebe cartas que possuem símbolos de guildas que devem ser conectadas para pontuar a carta.

Durante o turno, o jogador pode pagar pra trocar essas cartas, pagar para adicionar algum tile de guilda em algum lugar do tabuleiro, posicionar seus agentes e declarar sucesso em objetivos das cartas.


Além das cartas de network, que são as que fazem o jogador ganhar um marcador de influência de uma das guildas que tinham na carta, há também as cartas de slander, que servem pra sabotar outro jogador, fazendo ele perder influência.

O jogo acontece em 10 turnos, que são marcador por eventos. Normalmente os eventos envolvem ganhar dinheiro ou cartas, caso o jogador pontue um objetivo com determinada guilda envolvida.


A partida foi massa, com o tabuleiro apertado. A gente não adicionou muitas peças durante um bom tempo de jogo, e ficamos mais fazendo as network. Mas mais pra frente do jogo, quando o estoque de marcadores de influência vai acabando, começam as sabotagens.

O Lezard tinha muita influência e ficava atacando eu e o Patrick. Então aconteceu o óbvio, ficamos sabotando ele fortemente. No fim das contas, o tabuleiro cresceu em volta da base dele, pra facilitar esses ataques.


O jogo acabou com uma vitória minha, com 1 ponto de vantagem de novo!

Antes do pessoal ir embora, o Patrick quis testar o The Lord of the Rings: the Cardgame (também conhecido como LCG do Sr. dos Anéis). Como a gente tava em 3 e o jogo só com a caixa básica é pra 2, ele ficou responsável pela mecânica do jogo, fazendo os monstros surgirem, atacarem, calcular as ameaças, etc. Depois da explicação, escolhemos os decks. Jogamos com os baralhos básicos.

Eu escolhi o deck de dar porrada e o Ricardo ficou com o deck de suporte, com diversos poderes que permitiam comprar mais cartas. Cada dum desses decks possui 3 heróis que ficam em jogo, cada um com um poder e características diferentes. E cada jogador possui um marcador de ameaça, que serve pra atrair monstros, entre outras coisas.

Jogamos a aventura inicial, de dificuldade 1. Durante o turno, há diversas fases, e se não me engano, logo no início é possível enviar heróis para a aventura. Então, são abertas cartas do deck de desafios, que contém monstros e locais.


De acordo com a ameaça de cada jogador, os monstros atacam, e é possível comprometer um herói ou aliado em jogo para defender o ataque. Ao fazer isso, aquele personagem não executa mais ações no turno, não podendo atacar.

No início da partida, tava bem difícil, porque não estávamos conseguindo matar os monstros e levando muita porrada. Mas mais adiante, baixando aliados e com poderes de cartas, foi ficando mais fácil.

Gimli, um dos heróis que eu controlava, ganha 1 de força pra cada porrada que ele já tenha tomado. Então, equipei ele com uma armadura que adicionava vários pontos de vida, pra tomar mais porrada e ficar mais forte ainda. No fim do jogo, ele tinha uns 10 de força, o que é bastante.


Depois de andar e andar pela floresta matando aranhas, chegamos em uma bifurcação. Por sorte escolhemos um dos lados que era mais fácil. Achei que a segunda parte da missão ia ser mais difícil, mas a primeira é que foi a pior, quando encontramos mais monstros.

Chegando no final, enfrentamos umas aranhas mais difíceis, mas já tínhamos bastante aliados em jogo. E a última parte foi fácil, o objetivo era matar uma aranha igual a que a gente tinha acabado de matar, e eu ainda baixei o Beorn nesse turno.


Gostei do jogo, mas não vi muita rejogabilidade nele, a não ser comprando expansões. Achei legal o funcionamento dele, mas jogar solo pareceu ser muito difícil. O Patrick acabou vendendo o jogo.

Esse foi mais um dia de jogo, e foi massa. Quem quiser jogar, é só avisar e aparecer.