terça-feira, 9 de janeiro de 2018

The Killer Robots! Crash and Burn (2016) Tosqueira feita em casa! [Terça Trash]

2018 começou com essa tranqueira braba. Primeiro filme trash assistido no ano tem grandes chances de ser o mais trash do ano todo!


The Killer Robots! Crash and Burn é de 2016, e é o segundo filme desses robôs, sendo o outro de 2009, e antes tinha saído um desenho animado. Não cheguei a ver nenhum dos outros, e esse foi escolhido aleatoriamente pra ser assistido. Pelo que eu descobri, os Killer Robots são uma banda americana que se apresenta assim, todos fantasiados, bem estilo Gwar, só que muito mais pobre e pior. Os caras tem um canal no YouTube bem ativo, com vídeos desde 2006 e uma série animada saindo episódios atualmente.

The Killer Robots

Gwar

A direção é por conta de Sam Gaffin, que além de ser também responsável por escrever, fazer as animações e tudo mais, também é o Auto, um dos robôs.



domingo, 31 de dezembro de 2017

Metal em 2017


Malditos sejam!!!

Ressuscitando esse pútrido site zumbi que mantém essa carcaça nojenta vagando pela eternidade.

Esse ano foi único nessa trajetória no underground. Tanto na Human Plague, totalmente focados em lapidar os sons pro álbum que sai em 2018 (tanto que nem fizemos muitos shows), quanto principalmente na novidade, a estreia do programa Guilhotina na Rádio Armazém, que foi uma baita experiência e espero que continue tão massa assim em 2018.

O ano não foi só de coisa boa, é claro, e pelo menos aqui em Santa Maria tivemos uma queda vertiginosa de eventos e locais que apoiam o metal. Reflexo do próprio público, que existe, mas que frequenta cada vez menos os eventos. Enfim, não cabe ficar reclamando hoje tudo que já reclamei durante o ano, só espero que isso seja algo que mude bastante.

Ouvi tanta coisa nesse ano, que resolvi fazer não uma lista dos melhores ou algo assim, porque eu acho que não conseguiria classificar por ter tido tanto material de qualidade, e se fosse algo como um "Top 10", MUITA coisa boa ia ficar de fora. A ideia então é comentar alguns álbuns LANÇADOS EM 2017 que ouvi durante esse ano, o que achei muito bom, mais ou menos e o que decepcionou. Breves comentários em cada, porque no final das contas deu um monte de coisa. 66, cabalístico, e olha que eu só contei depois de fazer toda a lista. E mais uma vez, pra não classificar em alguma ordem de o que eu gostei mais, deixei em ordem alfabética.

Linkei cada banda pra página do Metal Archives, caso queiram fuçar mais, ver discografia, links, membros, etc. Coloquei também logo abaixo de cada comentário o álbum completo ou pelo menos uma música do disco. Deu trabalho, então aproveitem!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Mexica, euro de raiz!

Malditos sejam!

Artigo publicado originalmente na Ludopedia.

Mexica era o último da famosa Trilogia das Máscaras que ainda não tinha visto mesa por aqui. Pra quem não conhece, essa é uma série de jogos desenvolvidos por Michael Kiesling e Wolfgang Kramer (dois baita game designers) entre 1999 e 2002, e que conta também com Tikal e Java. Há também o Torres, da mesma dupla, que é considerado por alguns como o quarto elemento da série, por ter mecânicas semelhantes.


Vou começar falando dos componentes. A caixa do jogo é retangular, comprida e baixa, bem diferente do padrão de caixas quadradas que temos hoje em dia em praticamente todas as editoras. Não é o melhor formato para guardar na estante e nem pra ter muita resistência. Mas valoriza a arte da capa, já que a caixa é grande. Como tradicional da série, o Mexica também tem um insert de plástico injetado muito bom, com espaços determinados pras peças.

O tabuleiro é grande e bem ilustrado, apesar de não ter muita coisa. Aliás, há poucas peças no jogo. Temos também tiles de canal, que são azuis (já que é água...), tokens de ponte, que eu gostei, cortados no formato e não tem como confundir com nenhuma construção, como talvez aconteça na nova edição, onde a ponte é tridimensional também. Cada jogador tem um cubinho para marcar os pontos e um Mexica, que é o seu peão, o explorador do terreno, que é só um toco de madeira. Outros componentes presentes são as fichas de ação extra, as fichas de pontuação dos distritos e os player aids. Pra finalizar em questão de componentes, há as construções, que são zigurates de 1 a 4 andares, e cumprem bem o seu papel.


Sobre a mecânica do jogo, ele é do que já podemos chamar de euro old school. Não se preocupa em ser ultra temático, não é cheio de elementos e fases diferentes... É um jogo enxuto e "elegante". Poucas e simples mecânicas, e um monte de possibilidades.

No seu turno, cada jogador tem 6 pontos de ação, e uma série de possíveis ações que pode executar. Cada uma tem um determinado custo de pontos de ação. As mais comuns são construir canais, construir/mover pontes, construir construções (sim!), movimentar o peão e fundar um distrito. Claro que cada uma das ações tem suas restrições, mas não vou entrar em detalhes aqui.


O jogo é bem dinâmico, e mesmo tendo a possibilidade de queimar uns neurônios pra otimizar as jogadas, não tem muito como ter AP. Os turnos acabam sendo até bem rápidos, e o jogo no total também. A partida acabou muito antes do que havíamos planejado.

Há espaço para boas estratégias. Pra quem conhece Carcassonne (a essa altura, alguém ainda NÃO conhece?!) e manja do golpe da fazenda, saiba que no Mexica também rola coisa parecida. Tem como aplicar o golpe do distrito, tomando o controle do local pra ficar com os pontos.


A pontuação se dá através do controle dos distritos. No início do jogo, são sorteados 8 marcadores de pontuação, que tem 3 números neles. O número maior diz qual o tamanho exato que deve ter um distrito, e para a pontuação do fim da fase. Os outros são para quando o jogador funda um distrito e para os casos de empate no momento de pontuação.

Os distritos são fechados quando uma área de terreno é cercada por canais. Para fundar um distrito, é necessário estar com o seu peão nessa área e ter um marcador com o número exato ao número de espaços no distrito. Quando faz essa ação, o jogador imediatamente recebe pontos. Mas a pontuação principal mesmo vem no final das duas fases, e é de acordo com o controle em cada distrito, ou seja, quem tiver mais "poder" em forma de construções. Pra isso, são somados os valores das construções de cada jogador, e quem controlar, leva os maiores pontos.


Uma das ações que eu não falei, e que é muito útil, é a de comprar marcadores de ação extra. Mas como assim, pagar um ponto de ação pra ter um ponto de ação?! Sim! Em alguns turnos, não há muito o que fazer na última ação, então vale muito ficar acumulando, pra mais tarde conseguir fazer jogadas grandes e tomar controle de alguns locais.


Nessa nossa partida (que foi entre 3 jogadores), o vencedor fez 126 pontos, contra 106 dos outros, empatados. Em caso de empate, quem tiver mais fichas de ação, ganha. Esses 20 pontos de diferença não são muita coisa, em poucos distritos já se faz essa diferença.

O veredito final é que o jogo é muito bom! É rápido, tem uma boa dose de estratégia, bonito... Não sei se a nova edição tem alguma diferença de regras (eu acho que não, já é tudo redondinho), e sei pouca coisa de diferença entre componentes. Pra quem gosta de euros enxutos, vale muito a pena adicionar na coleção, e já esperar o relançamento dos outros (principalmente do Tikal, que é sensacional)!