O primeiro a chegar foi o Patrick, e finalmente conseguimos jogar uma partida de Warhammer Invasion. Eu joguei com o deck Chaos e ele com o dos anões. Jogamos com os decks iniciais.
Tava indo legal, equilibrado, até eu começar a comprar só cartas de Tactics e nada de unidades. Comecei a tomar muita porrada, porque não tinha ninguém pra defender. Quando veio uma, era o demônio da capa do jogo, que custa caro e precisa que alguém seja sacrificado no battleground. Quando consegui começar a descer unidades e baixar lenha, era tarde demais, minha capital tava destruída.
Perto do final da partida, foi chegando o pessoal. Depois de acabar nosso jogo, o Rodrigo puxou o 7 Wonders, que o pessoal tanto anda falando a respeito e eu tava curioso pra ver como era.
É um jogo de draft, ou seja, tu recebe várias cartas, escolhe uma pra jogar e passa todas as outras. Isso é foda, porque várias vezes tem mais de uma carta que seria bem útil, mas só se pode escolher uma.
Cada jogador tem uma das maravilhas do mundo, e cada uma tem seus bônus próprios. São necessárias cartas de produção pra poder pagar o custo de cartas que dão pontos ou outros bônus. É bem massa o jogo.
Jogamos duas partidas, e na primeira eu tava bem perdido sem saber o que fazer, então fiz de tudo um pouco. Fiquei em último. Na segunda, tentei focar nas cartas azuis, que dão pontos de vitória diretamente, só que o Patrick, que tava na minha direita, se ligou no jogo e não me passava nada aproveitável. Fiquei em último também. Acho que o Rodrigo e o Patrick foram os vencedores.
Depois jogamos uma partida de Hansa Teutonica, jogo muito bom sobre o qual eu já tinha falado aqui. Dessa vez, jogando entre 5, foi mais disputada a partida! As rotas principais vão enchendo de gente, e o cara tem que medir se vale a pena gastar cubos pra tirar os dos outros jogadores. Gostei mais ainda do jogo.
Perto do final, a coisa foi ficando disputada, e se tivesse durado mais uma rodada eu tinha ganhado! Ia completar a rota da cidade do canto esquerdo, que dá 11 pontos, e ia disparar na frente, mas o jogo terminou antes e o Patrick venceu.
O próximo a ir pra mesa foi o Mansions of Madness. Que jogo massa! Eu não esperava muita coisa dele, achei que fosse um dungeon crawler lovecraftiano sem muita inovação, mas o jogo é muito bom! Eu achei até que ele tem o tema melhor implementado que no Arkham Horror!
Cada jogador é um investigador, sendo que um dos jogadores é o Keeper, tipo um dungeon master. Esse keeper controla os monstros, magias, eventos, além de, durante o setup, escolher quais as pistas que vão estar em jogo. Isso foi uma das coisas que eu gostei. Normalmente, nesse tipo de jogo com cenários prontos, a rejogabilidade é baixa. No Mansions of Madness, cada missão possui diversas pistas com várias opções. Mudando cada uma delas, altera bastante o que acontece no jogo, o que aumenta bastante a rejogabilidade.
O climão de terror é constante, com os investigadores sofrendo efeitos de magias e perdendo itens, ficando no escuro sem poder procurar coisas, sendo perseguidos por maníacos, etc. Além disso, o jogo é marcado por turnos que representam as horas. Se até tal hora não for cumprido o objetivo, já era. E o mais legal de tudo, há portas e baús que estão trancados, além de outras coisas no jogo, que só podem ser resolvidos através de puzzles!
Há diversos tipos de puzzle, sempre diferentes, pois são formados por tiles randomizados. O jogador tem 1 minuto cronometrado pra resolver. Caso não consiga, só no próximo turno, ou se outro jogador tentar! Muito legal esse esquema.
A partida foi muito massa, jogamos o que eu acho que é o primeiro cenário. Depois de encontrar um louco psicopata e um zumbi em chamas, fomos vasculhando toda a casa. O objetivo era desconhecido. Até que perto do final, descobrimos que o objetivo do jogo era sair da casa!! Achei meio idiota o objetivo, mas tudo bem...
O Patrick vencia se matasse 2 investigadores, e o Rodrigo só tinha 1 de vida. Caso ele morresse, a gente não tinha mais chance de ganhar, porque todo mundo tinha que sair da casa. Aos poucos a galera foi saindo, e até o Rodrigo conseguiu fugir. Só que o Hammerfall sofria constantemente de um efeito de uma carta que fazia ele voltar. Andava 3 espaços por turno e voltava 2. No último turno, ficou parado na frente da porta, e o relógio marcou meia noite. Perdemos o jogo, mas o Patrick também perdeu porque não matou 2 investigadores! Curti muito o jogo.
Depois dessa partida o Rodrigo foi embora e levou meu Puerto Rico com ele. Ficamos meio indecisos sobre o que jogar, e acabamos escolhendo o Brass. Já era tarde da madrugada e ficamos com receio, mas mesmo assim encaramos. Ninguém tinha jogado ele ainda. Eu achei que era um jogo tri pesadão, cheio das regrinhas chatas e tal. Muito pelo contrário, é um jogo com relativamente pouca regra, e como a galera gosta de dizer, "elegante". E tem uma possibilidade estratégica de fazer explodir o cérebro do gaúcho de tanto pensar no que fazer na próxima jogada.
A moral do jogo é a seguinte: Construir fábricas, minas de carvão, portos e outras coisas, e usar o máximo delas possível, pra ganhar o máximo de pontos. Lógico que tem vários detalhes, mas enfim, o jogo é muito bom!
O dinheiro é curto, mas tem empréstimos, que funcionam de uma maneira bem legal. A partida foi bem apertada, o jogo é realmente interessante. No fim das contas, o jogo ficou pra ser decidido na última jogada, em que eu ia exportar pro mercado exterior, que é o único elemento do jogo que conta com sorte. E eu tive sorte e consegui enviar as mercadorias!
Ganhei por 1 ponto!!
Ficamos jogando até as 9 e meia da manhã, e foi uma baita partida. Até a próxima!