sexta-feira, 15 de julho de 2011

Noite de jogatina com visita!

Esses dias tivemos a presença ilustre de um grande amigo e jogador, o Rodrigo Oliveira, que tá morando lá em Buenos Aires. Marcamos uma noite de jogos aqui em casa.

O primeiro a chegar foi o Patrick, e finalmente conseguimos jogar uma partida de Warhammer Invasion. Eu joguei com o deck Chaos e ele com o dos anões. Jogamos com os decks iniciais.

Tava indo legal, equilibrado, até eu começar a comprar só cartas de Tactics e nada de unidades. Comecei a tomar muita porrada, porque não tinha ninguém pra defender. Quando veio uma, era o demônio da capa do jogo, que custa caro e precisa que alguém seja sacrificado no battleground. Quando consegui começar a descer unidades e baixar lenha, era tarde demais, minha capital tava destruída.

Perto do final da partida, foi chegando o pessoal. Depois de acabar nosso jogo, o Rodrigo puxou o 7 Wonders, que o pessoal tanto anda falando a respeito e eu tava curioso pra ver como era.

É um jogo de draft, ou seja, tu recebe várias cartas, escolhe uma pra jogar e passa todas as outras. Isso é foda, porque várias vezes tem mais de uma carta que seria bem útil, mas só se pode escolher uma.

Na foto: Eu, Felipe, Rodrigo, Hammerfall e Patrick


Cada jogador tem uma das maravilhas do mundo, e cada uma tem seus bônus próprios. São necessárias cartas de produção pra poder pagar o custo de cartas que dão pontos ou outros bônus. É bem massa o jogo.

A mesa fica bagunçada nesse jogo!


Jogamos duas partidas, e na primeira eu tava bem perdido sem saber o que fazer, então fiz de tudo um pouco. Fiquei em último. Na segunda, tentei focar nas cartas azuis, que dão pontos de vitória diretamente, só que o Patrick, que tava na minha direita, se ligou no jogo e não me passava nada aproveitável. Fiquei em último também. Acho que o Rodrigo e o Patrick foram os vencedores.


Depois jogamos uma partida de Hansa Teutonica, jogo muito bom sobre o qual eu já tinha falado aqui. Dessa vez, jogando entre 5, foi mais disputada a partida! As rotas principais vão enchendo de gente, e o cara tem que medir se vale a pena gastar cubos pra tirar os dos outros jogadores. Gostei mais ainda do jogo.


Perto do final, a coisa foi ficando disputada, e se tivesse durado mais uma rodada eu tinha ganhado! Ia completar a rota da cidade do canto esquerdo, que dá 11 pontos, e ia disparar na frente, mas o jogo terminou antes e o Patrick venceu.

Final da partida


O próximo a ir pra mesa foi o Mansions of Madness. Que jogo massa! Eu não esperava muita coisa dele, achei que fosse um dungeon crawler lovecraftiano sem muita inovação, mas o jogo é muito bom! Eu achei até que ele tem o tema melhor implementado que no Arkham Horror!

A investigadora muito louca aprontando altas confusões


Cada jogador é um investigador, sendo que um dos jogadores é o Keeper, tipo um dungeon master. Esse keeper controla os monstros, magias, eventos, além de, durante o setup, escolher quais as pistas que vão estar em jogo. Isso foi uma das coisas que eu gostei. Normalmente, nesse tipo de jogo com cenários prontos, a rejogabilidade é baixa. No Mansions of Madness, cada missão possui diversas pistas com várias opções. Mudando cada uma delas, altera bastante o que acontece no jogo, o que aumenta bastante a rejogabilidade.

Mulherzinha no escuro


O climão de terror é constante, com os investigadores sofrendo efeitos de magias e perdendo itens, ficando no escuro sem poder procurar coisas, sendo perseguidos por maníacos, etc. Além disso, o jogo é marcado por turnos que representam as horas. Se até tal hora não for cumprido o objetivo, já era. E o mais legal de tudo, há portas e baús que estão trancados, além de outras coisas no jogo, que só podem ser resolvidos através de puzzles!

Hammerfall começando a resolver um puzzle


Há diversos tipos de puzzle, sempre diferentes, pois são formados por tiles randomizados. O jogador tem 1 minuto cronometrado pra resolver. Caso não consiga, só no próximo turno, ou se outro jogador tentar! Muito legal esse esquema.

Não tá dando certo!


Não deu, segue no escuro então.


A partida foi muito massa, jogamos o que eu acho que é o primeiro cenário. Depois de encontrar um louco psicopata e um zumbi em chamas, fomos vasculhando toda a casa. O objetivo era desconhecido. Até que perto do final, descobrimos que o objetivo do jogo era sair da casa!! Achei meio idiota o objetivo, mas tudo bem...

Atacados pelo maníaco louco psicopata com machado!



Galera jogando e perdendo sanidade


É a vez do Rodrigo resolver um agora.


Ó a concentração do japonegro!


O Patrick vencia se matasse 2 investigadores, e o Rodrigo só tinha 1 de vida. Caso ele morresse, a gente não tinha mais chance de ganhar, porque todo mundo tinha que sair da casa. Aos poucos a galera foi saindo, e até o Rodrigo conseguiu fugir. Só que o Hammerfall sofria constantemente de um efeito de uma carta que fazia ele voltar. Andava 3 espaços por turno e voltava 2. No último turno, ficou parado na frente da porta, e o relógio marcou meia noite. Perdemos o jogo, mas o Patrick também perdeu porque não matou 2 investigadores! Curti muito o jogo.

Roberval faceiro depois de resolver o puzzle!


Final de jogo: gurizada esperando do lado de fora, e a mulherzinha ficando a um passo da vitória. Do lado, a carta mostrando que todos perderam!


Depois dessa partida o Rodrigo foi embora e levou meu Puerto Rico com ele. Ficamos meio indecisos sobre o que jogar, e acabamos escolhendo o Brass. Já era tarde da madrugada e ficamos com receio, mas mesmo assim encaramos. Ninguém tinha jogado ele ainda. Eu achei que era um jogo tri pesadão, cheio das regrinhas chatas e tal. Muito pelo contrário, é um jogo com relativamente pouca regra, e como a galera gosta de dizer, "elegante". E tem uma possibilidade estratégica de fazer explodir o cérebro do gaúcho de tanto pensar no que fazer na próxima jogada.


A moral do jogo é a seguinte: Construir fábricas, minas de carvão, portos e outras coisas, e usar o máximo delas possível, pra ganhar o máximo de pontos. Lógico que tem vários detalhes, mas enfim, o jogo é muito bom!


O dinheiro é curto, mas tem empréstimos, que funcionam de uma maneira bem legal. A partida foi bem apertada, o jogo é realmente interessante. No fim das contas, o jogo ficou pra ser decidido na última jogada, em que eu ia exportar pro mercado exterior, que é o único elemento do jogo que conta com sorte. E eu tive sorte e consegui enviar as mercadorias!

Ganhei por 1 ponto!!

O jogo não terminou -7 a -8, é que demos uma volta no marcador!


Ficamos jogando até as 9 e meia da manhã, e foi uma baita partida. Até a próxima!