terça-feira, 9 de janeiro de 2018

The Killer Robots! Crash and Burn (2016) Tosqueira feita em casa! [Terça Trash]

2018 começou com essa tranqueira braba. Primeiro filme trash assistido no ano tem grandes chances de ser o mais trash do ano todo!


The Killer Robots! Crash and Burn é de 2016, e é o segundo filme desses robôs, sendo o outro de 2009, e antes tinha saído um desenho animado. Não cheguei a ver nenhum dos outros, e esse foi escolhido aleatoriamente pra ser assistido. Pelo que eu descobri, os Killer Robots são uma banda americana que se apresenta assim, todos fantasiados, bem estilo Gwar, só que muito mais pobre e pior. Os caras tem um canal no YouTube bem ativo, com vídeos desde 2006 e uma série animada saindo episódios atualmente.

The Killer Robots

Gwar

A direção é por conta de Sam Gaffin, que além de ser também responsável por escrever, fazer as animações e tudo mais, também é o Auto, um dos robôs.





Bem, o filme, o que dizer do maldito filme. Começando com os aspectos visuais, ele é um filme todo gravado com chroma key. Os Killer Robots são uns caras com um monte de maquiagem e umas fantasias gigantes, que são um amontoado de coisas "robóticas". Um deles tem umas ombreiras que parecem acessório de batedeira.

Os demais personagens, inimigos, cenários, naves, tudo parece ser feito a partir de um monte de brinquedos velhos colados, pintados de cinza e com uns cabos e luzes. Mesmo não sendo um troço tão massa, o resultado é bem interessante, e com certeza deu muito trabalho.


Tem um monte de efeito de tiro, explosão, raio laser e o diabo a quatro. Tudo After Effects. No fim das contas, dá pra ver que o filme todo foi feito com pouco dinheiro e muito esforço. Demorou anos pra ficar pronto. Mas esse esforço todo não salva o filme.

Eu imagino que o fundo verde em que tudo foi gravado era bem pequeno, porque todo mundo quando caminha, claramente está caminhando parado, e é toscão demais isso no filme. Todos os personagens caminham de um jeito bizarro, e alguns parecem que estão sempre cagados.

Alguns personagens são muito parecidos, tanto pela armadura robótica quanto mais ainda pela maquiagem, que em todos parece algo meio que um corpse paint geométrico estranho. Por algumas vezes, os efeitos de maquiagem, fantasias, cenário, chroma key, tudo somado, os personagens ficam parecendo saídos diretamente de uma versão futurista pós-apocalíptica de Glub Glub!

Inspiração pros Killer Robots?
Killer Robots aquáticos
A história do filme, apesar de simples, é difícil de acompanhar. No início, eles estão em uma estrutura de batalhas e são como gladiadores. Eles conseguem destruir alguns robozões e quase fogem, mas são capturados e destruídos. Aí surge um cara no estilo Zordon dos Power Rangers e dá uma missão pra eles. O bando deveria ir até um planeta hostil ativar alguma coisa pra curar todo mundo e fazer com que todo mundo da galáxia fique em paz.



E a partir daí o filme não para. Não alivia nunca, não tem descanso. A ação é desenfreada, mas se isso pode parecer bom, aqui foi tão mal estruturado que não dá certo. O filme é muito, mas muito mal editado, então toda hora tem cortes pra coisas que o espectador nem sabe o que é, quem é o novo personagem que surgiu, da onde saíram esses inimigos, que nave é essa... coisas assim. O filme é bem confuso, e como o ritmo é frenético, não dá tempo de captar.

O tal planeta hostil está sob o controle de um vírus implantado por um ser que é uma caveira flutuante, que parece muito o Vic Rattlehead, mascote do Megadeth. E aí tem um monte de robôs zumbis (isso aí mesmo) infectados. Mais uma vez dá pra ver o lance da produção barata, com as hordas de robôs todos iguais duplicados. Isso foi bem feito no Kung Fury, por exemplo, mas aqui não. Parece que foi só duplicada a mesma filmagem, em vez de gravarem várias vezes o mesmo ator.



Enfim, a história segue, tem perseguições de nave, tem nativos e oráculo (que só fala com pipipi), tem mártir e robô gordo (sim hahahaha), tem sacrifício para os deuses, e por aí vai.

O filme ainda tem um problema de ser maior do que deveria. Tem 100 minutos. Quando faltava pouco menos de meia hora, não aguentava mais assistir. Mas insisti. Dormi e acordei quando já estava praticamente no final. Voltei pra ver tudo e dormi de novo. E de novo. Até que consegui ver até o final.

Pra quem conheceu Spaceship Warlock, um jogo antigo de computador, volta e meia eu lembrei dele. Acho que pelos cenários ou pela simples tosqueira mesmo. E algo que vale muito a pena não só citar como também mostrar é uns robôs de olho esbugalhado que não tinham o mínimo movimento, deviam se mover pendurados por fiozinhos hahahaha. Os braços e pernas eram daqueles tubos amarelos de passar fio em construção.



Ameaçador!
Não é daqueles filmes ruins que o cara assiste pra dar umas risadas, porque esse é frenético e ruim o tempo todo! Não recomendo. Pra quem tiver curiosidade nos caras, vale mais a pena ver essas animações que estão saindo, que pelo menos são curtinhas.