terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Joguei Scythe! Mas e aí?!

Maaaaaalditos sejam, seres decrépitos!

Artigo publicado originalmente na Ludopedia.

Finalmente joguei Scythe, o tão falado euro com pancadaria que ficou famosão por causa da arte linda que tem. E realmente, a arte do jogo é bonita demais!

Joguei uma partida entre 4 pessoas, onde 2 já haviam jogado e 2 não. Sorteamos os tabuleiros individuais e as nações. Fiquei com a Rússia... quer dizer... Rusviet Union. Cada uma das nações possui alguns poderes diferentes, um deles ativo sempre e outros que vão sendo liberados na medida que vamos construindo os mecas. Achei isso legal, pois te força a pensar em qual ordem é mais interessante ir liberando esses poderes.

Há também o tabuleiro individual com as ações. Todos tem as mesmas ações disponíveis, mas são todos diferentes entre si, seja em alguns bônus que as ações podem dar ou no agrupamento de ações de maneira diferente. Cada bloco possui duas ações diferentes. Ao selecionar um bloco, é possível fazer tanto só uma como ambas as ações. Isso aí também funciona de um jeito interessante, pois é sempre interessante conseguir usar as duas ações no mesmo turno.

Na parte de cima, é possível receber recursos, ganhar popularidade, aumentar o poder militar, comprar cartas de combate, mover, ganhar dinheiro e produzir recursos nos terrenos que controla. Na parte de baixo, há as opções de fazer upgrade das ações, liberar mecas para o mapa, construir estruturas e "recrutar".


No mapa, que é onde o principal do jogo acontece, há diversos territórios, cada um produzindo algum tipo de recurso. Cada trabalhador em um território produz uma unidade do recurso na fase de produção, simples assim. Pra cada trabalhador em uma vila, um novo trabalhador é retirado do tabuleiro individual e vai para o mapa.

No início da partida, cada jogador recebe dois objetivos, e pode cumprir um deles. Os objetivos são bem variados, alguns muito mais fáceis que outros, e nenhum deles dá pontos diretamente. Daqui a pouco eu falo como é a pontuação do jogo... Por exemplo, eu tinha um objetivo que era controlar 3 espaços de montanha, só isso. Outro jogador tinha um que era controlar 5 territórios adjacentes a um lago, ter 2 de dinheiro ou menos e 7 de popularidade. Caralho, isso é muita coisa! Ainda mais que popularidade é algo bem difícil de ir subindo.


Como eu já disse lá no início, o jogo também possui combate. A pancadaria é bem simples. Existe uma trilha de poder militar, que vai de 0 a 16, se não me engano. Quando há um combate, os jogadores indicam em uma roleta quanto desse poder eles vão gastar (no máximo 7), e podem adicionar uma carta para cada unidade envolvida na batalha (trabalhadores não contam). Quem tiver o maior número total, vence. Atacantes vencem empates. O perdedor pega suas peças e leva de volta para a sua base. Caso o atacante tenha expulsado trabalhadores, perde 1 ponto de popularidade para cada trabalhador. Os recursos ficam no local!

Fui atacado várias vezes, inclusive quando queria voltar para a minha base (que estava longe) e não usei nada de poder para perder e voltar, e já sair movimentando novamente daquele ponto. Em outras vezes, me gastei mas desci a lenha nos inimigos.


No centro do mapa há a Fábrica. Se o herói/líder terminar o turno lá, o jogador escolhe uma das cartas da fábrica, que são ações extras que ficam desbloqueadas para usar. Cada um pode ter somente uma, e ficam disponíveis durante toda a partida juntamente com as outras ações do tabuleiro individual.


A condição de fim de jogo e a pontuação do jogo são um pouco incomuns, mas não são difíceis de entender. Cada jogador tem 6 marcadores de estrela. Assim que um jogador colocar todos os seus marcadores, o jogo acaba imediatamente. Mas não necessariamente quem termina o jogo é o vencedor. A trilha de popularidade serve (entre outras coisas menores) para determinar os multiplicadores da pontuação. De acordo com o número de pontos lá, os jogadores ganham diferentes pontuações para territórios ocupados, estrelas já colocadas nos objetivos e recursos. Por fim, ainda é somado o dinheiro.

Nessa partida, um dos jogadores fez uns 80 e poucos pontos, ganhando. Eu, que achei que estava bem mal, e fiquei metade da partida encurralado tomando porrada, fiquei em segundo com 35, seguido por 32 e 28. Gostei do jogo, achei ele um euro com interação e porradaria bem interessante e com alguns elementos originais, e jogaria novamente com certeza. Até mesmo colocaria na minha coleção, mas como JOGO, acho que não vale o quanto custa. Fiz uma comparação com o hype do Blood Rage, que também tem uma arte linda, miniaturas fantásticas e tudo mais, mas que como jogo é só legal.

Vale dizer que jogamos com alguns elementos adicionais, como recursos de resina bem legais e moedas customizadas de acordo com as nações muito, mas muito bonitas. As miniaturas são boas, mas estão abaixo do padrão que já estamos nos acostumando, como em jogos da Fantasy Flight ou CMON. Além disso, mas miniaturas são completamente desnecessárias.

Enfim, gostei do jogo, mas ele é supervalorizado DEMAIS!

Espero conseguir reativar o site e publicar com uma certa regularidade, então acompanhem o canal na Ludopedia para mais análises e relatos de jogatinas, assim como a página no Facebook. Será que em breve também rola um canal no YouTube? Vamos ver...


Ah, um pouco mais sobre a arte do jogo. Vi [url=http://www.ungeek.ph/2016/12/bet-you-didnt-find-these-awesome-scythe-easter-eggs-hiding-all-over-the-board/]essa postagem aqui[/url], que mostra diversos easter-eggs, vale a pena conferir!