terça-feira, 30 de junho de 2015

O Rato Humano (Quella Villa In Fondo Al Parco/The Rat Man - 1988) - E não é da Sumatra! [Terça Trash]

Na Terça Trash dessa semana, o filme escolhido é "O Rato Humano", uma bosta italiana ruim demais. E não é daqueles que são trash engraçados nem nada. É um filme "sério" (se é que dá pra chamar assim), então não esperem diálogos patetas, personagens bestas (no sentido da inclinação a comédia) nem nada assim.

Poster:


Sinopse:
Em uma ilha do Caribe, uma modelo é encontrada morta, mas seu corpo parece ter sido devorado por ratos. A irmã da modelo, com ajuda de um escritor, partem para investigar, já que a polícia não ajuda muito. E eles encontram um rastro de vítimas de uma criatura feroz.
 Trailer:


Dirigido por Giuliano Carnimeo, conhecido por ter feito também coisas como "Os Exterminadores do Ano 3000" e faroestes como "Sartana, o Matador". O roteiro é obra de Dardano Sacchetti responsável por outras pérolas como "Demons - Filhos das Trevas", "Zumbi 2 - A Volta dos Mortos ", "Os Guerreiros do Bronx", "Manhattan Baby", "Pavor na Cidade dos Zumbis" e diversos outros. Mesmo, o cara escreveu muitos clássicos da podreira italiana! A produção ficou a cargo da Fulvia Film, que proporcionou ao mundo contemplar "Zombie Holocaust", "Nova York - Cidade Violenta", "Guerreiros do Futuro" entre outros.


Começando pelo tal título original, "Quella Villa In Fondo Al Parco" (algo como "A Casa no Fundo do Parque") que não faz sentido pra mim. Que parque? Que casa? Tem um monte de casas! A casa de quem, do cientista/médico? Alguma das casas abandonadas do vilarejo? A casa abandonada que a mulher morre no início? E aí?!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Hatefest!

Postagem bem atrasada, mas antes tarde do que nunca! Dia 5 de abril, domingo de páscoa, fomos até Essen, no HateFest! No cast, as bandas Six Feet Under, Marduk, Vader, Hate, e como Essen era uma das cidades com "show extendido", ainda tinha as bandas Eisregen e Debauchery!


Os ingressos foram comprados online, e custaram 40 euros cada. Aqui é muito comum isso de comprar online e imprimir o comprovante em casa mesmo. Não tem um monte de burocracia nem de taxas extras.

Dessa vez, nossa ida até Essen foi por um caminho diferente. Fomos de Bonn até Colônia, mas não pegamos o trem que vai até Essen. Fomos com um outro até Dusseldorf, e de lá pra Essen, indo por outros lugares. O tempo de viagem foi praticamente o mesmo, então tanto faz.

Cartaz do Hatefest

Com o nome do local e o mapa carregado no celular, partimos da estação central. Sorte que dessa vez não tinha uma chuvarada, e fomos a pé mesmo. Logo na saída, fomos abordados por um grupo de pessoas que pareciam saídas de um filme trash dos anos oitenta. Quatro headbangers muito engraçados. Eles estavam meio perdidos, sem saber onde era o local do show, e eu acabei servindo de guia até lá. Mas pelo menos eram gente boa, ganhamos até chocolate. Um dos caras era russo, e tinha um sotaque muito engraçado.

Depois de uma boa caminhada, chegamos! Mas ainda era muito cedo, e como não tinha nada pra fazer (tudo em volta tava fechado, era domingo), entramos no local, já que as portas estavam abertas. Lá dentro, estava sendo montada a área de merchandising, e recém estavam fazendo passagem de som. Isso mesmo, nós chegamos na hora da passagem de som! No salão principal, meia dúzia de roadies atirados pelo chão, incluindo uma mulher dormindo dentro de um case de bumbo!

Não demorou muito pra sermos abordados por um cara perguntando se a gente tinha o passe pros bastidores. A gente disse que não, que só tínhamos os ingressos, e como tava aberto, a gente entrou. Ele então disse que a gente ia ter que sair, que a entrada ia abrir dali há algumas horas, do outro lado. E aí fecharam as portas, pra não deixar ninguém mais "invadir" o local.

Pelo menos vou poder contar a história de quando fui expulso da passagem de som do Six Feet Under! hehehehe

terça-feira, 23 de junho de 2015

Doom Asylum (1987) - Punks ou mauricinhos, todos idiotas [Terça Trash]

Ah, aquela frase tão conhecida pelos fãs da tosqueira: "É tão ruim que é bom!". Parece que foi feita pensando em Doom Asylum! O filme dirigido por Richard Friedman é desses sem pé bem cabeça mas recheados de coisas que divertem, e convenhamos, é o que importa!

Eu não conhecia essa pérola, nunca tinha ouvido falar nem visto nada a respeito, até encontrar baixar pouco tempo atrás. Então sem conhecer muita coisa sobre o filme (só a capa), fui sem nenhum tipo de expectativa. E fui surpreendido por um filme que não se leva nem um pouco a sério, não tenta ser coerente e que mesmo sendo podre, agrada.

Algo que vale a pena ser comentado é que o filme tem duas atrizes que foram estrelas em revistas de mulher pelada na época. Patty Mullen na Penthouse e Ruth Collins na Playboy.

Basicamente, temos um assassino desfigurado em carne viva, estilo Freddy Krueger, que também se assemelha pelas piadinhas infames ao confrontar os imbecis que andam pelo sanatório abandonado, que por algum motivo qualquer, é seu lar. E na parte das vítimas, temos dois grupos: um grupo é composto de amigos idiotas, cada um com um estereótipo diferente, e no outro grupo temos uma banda "pós-punk-techno-anarquista-muito-louca".

Sinopse:
Um demente médico legista usa equipamentos de autópsia para matar jovens que invadiram um abandonando sanatório no qual ele vive.
Eu preciso comentar essa sinopse. Apesar de estar certa, ela não faz sentido! O tal "médido legista" não é médico, é um advogado! Gostaria de entender o motivo do cara não ser um médico desde o início. Porque ele "zumbificado" anda de jaleco, equipamentos médicos e é chamado de "Coroner".

Poster:


Trailer:

Não achei nenhum trailer do filme! (mas no final tem uma compilação de cenas do filme)

Ficha técnica:
Dirigido por Richard Friedman
Produzido por Steven G. Menkin
Escrito por Richard Friedman, Rick Marx e Steven G. Menkin
Estrelando Patty Mullen, Ruth Collins, Kristin Davis, William Hay, ...
Música por Dave Erlanger, Jonathan Stuart

terça-feira, 16 de junho de 2015

Redneck Zombies (1987) - Cachaça sabor zumbi! [Terça Trash]

Se alguém precisa de um porquê pra não encher a cara com trago artesanal feito em um barril de lixo tóxico (e radioativo), Redneck Zombies nos dá um excelente motivo. O filme foi produzido em 1987 (alguns sites datam 1989) pela Full Moon Pictures (que já fez coisas como Evilbong e Gingerdead Man) e teve distribuição da lendária Troma (quem tá aqui, já deve conhecer, e se não conhece, vai atrás AGORA!). Foi todo feito em vídeo (foi filmado em VHS!), sendo o primeiro filme nesse formato distribuído pela produtora.


"Viva rápido, morra jovem e deixe um belo cadáver."


Redneck Zombies é daquele tipo de filme que de tão ruim, chega a ser bom. A história é completamente besta, as atuações são exageradas e caricatas, e muito sangue, tripas, gosma e nojeiras, ou seja, divertido como um filme trash dos bons deve ser!

Resenha:
No interior dos Estados Unidos, um barril de resíduos radioativos, cai de um caminhão do exército na floresta. Alguns caipiras dementes encontram-o e usam como parte de sua destilaria. Todos que bebem do licor produzido por eles se transformam em zumbis.
Poster:

Trailer:


Ficha técnica:
Dirigido por Pericles Lewnes
Produzido por Pericles Lewnes e George Scott
Escrito por Fester Smellman
Argumento por Zoofeet e P. Floyd Piranha
Elenco: Lisa de Haven, W.E. Benson, William W. Decker, James Housley, Austin "Amac" McLaurine, Austin "Sexy Man" Brewer
Orçamento estimado de 10 mil dólares
O filme não tem muita enrolação quanto a história, mas apresenta um monte de cenas só pra "encher linguiça" e aumentar o tempo, mais adiante eu mostro. Mas então vamos ao que interessa, o filme!


terça-feira, 9 de junho de 2015

Maníacos de Neon (Neon Maniacs - 1986) - Nem todo monstro mutante assassino gosta de banho! [Terça Trash]

A tosqueira da semana é o desconhecido Neon Maniacs. Eu, pelo menos, nunca ouvi falar muito dele. É um filme estranho, sem começo, meio nem fim. É um pouco slasher, um pouco filme de monstro, um pouco musical...

"Há 12 motivos para ter medo do escuro. E todos são assassinos."

A sinopse:
No coração de São Francisco, as legiões do mal aguardam sob a ponte Golden Gate. Quando a noite cai, o batalhão da carnificina fica à solta pela cidade, levando terror aos inocentes. Mas quando uma jovem garota chamada Natalie sobrevive a um violento massacre juvenil, ela não consegue convencer ninguém que um exército de "monstros" psicopatas matou seus amigos. Agora assombrada, caçada e tendo problemas na escola, Natalie deve se armar, com ajuda de amigos para uma batalha final contra o horror dos MANÍACOS DE NEON.
O trailer:


E o poster:


Tecnicamente, o filme não é dos piores. Tem algumas cenas legais e tomadas interessantes. Em algumas partes, o clima construído é massa, como quando os monstros vão surgindo da névoa. A maquiagem e efeitos é o ponto forte do filme. Cada um dos monstros tem características próprias, e são bem legais (temos excessões, como mais adiante vou mostrar). As mortes são bem feitinhas (as dos monstros, principalmente).

O roteiro foi escrito por Mark Patrick Carducci, que escreveu também os bons "A Vingança do Diabo (Pumpkinhead)", e "Sepultado Vido (Buried Alive)". O diretor é Joseph Mangine, que trabalhou em vários filmes como diretor de fotografia, como em "Alligator - O Jacaré Gigante" e "A Espada e os Bárbaros". Com isso, até dá pra se esperar algo, principalmente do roteiro, mas...

Mas, entretando, porém, o filme não engrena. O culpado de tudo, na minha opinião, é o roteiro. Ele simplesmente não existe! O filme não tem uma história que se desenrola! Em nenhum momento ficamos sabendo quem ou o que são os monstros, se são pessoas mutantes, crias do capeta, mortos-vivos ou qualquer coisa. Não sabemos de onde eles vem ou desde quando estão lá. Não sabemos o motivo que eles saem matando pessoas, ou porque eles moram em uma ponte, nem porque tem a fraqueza que tem. E qual o motivo deles perseguirem incessantemente as pessoas que sobreviveram a algum ataque ou que viram eles? Eles matam seguidamente? Pelo jeito não, porque a polícia nem ninguém nunca tinha ouvido falar ou visto nenhum. 

terça-feira, 2 de junho de 2015

A Morte (The Dead Next Door - 1989) - Cuidado onde coloca as mãos! [Terça Trash]

Ah, é chegada mais uma vez a hora da tosqueira da semana! Apesar de eu ter escrito semana passada que ia tentar deixar mais enxutas as resenhas, recebi uns feedbacks dizendo que tava legal assim mesmo. Então, vamos ver como a coisa anda.

"Como você mata algo que não morre? Pra onde você corre quando eles estão em todos os lugares?"

Essa semana temos "A Morte", de 1989 ("The Dead Next Door", originalmente). O filme é bem caseiro, foi feito por amantes dos filmes trash de zumbis, com ajuda de um monte de amigos e o financiamento de Sam Raimi (enquanto buscava financiamento para o próprio filme, Evil Dead 2), sob os créditos de "The Master Cylinder"! Aí já ajuda né heheh

Sinopse:
Uma epidemia viral revive os mortos de uma região e a população se transforma em alimento dessas criaturas. Só resta o "Esquadrão Zumbi", liderados pelo bravo Raimi deter os mortos, mas tudo piora quando uma nova religião prega que os zumbis não devem ser exterminados.
Trailer:


Ficha técnica:
Título original: The Dead Next Door
Ano: 1989
País: EUA
Direção: J.R. Bookwalter
Roteiro: J.R. Bookwalter
Produção: "The Master Cylinder" (Sam Raimi), J.R. Bookwalter, Jolie Jackunas, Scott P. Plummer, Michael Todd
Elenco:  Pete Ferry, Bogdan Pecic, Michael Grossi, Robert Kokai, ...
Foi todo feito com uma câmera 8mm, e pra quem não conhece, é um tipo de câmera amadora, que usa um filme bem pequeno (daí o nome, um filme de 8 milímetros), gerando muito ruído na imagem quando é ampliado para o tradicional tamanho de 35mm. Demorou 4 anos pra ficar pronto, e apesar dessa "cara" caseira dele, é um bom filme de zumbis.

É importante levar em conta que é um filme trash. O diretor, J.R. Bookwalter, na época tinha 18 anos! Já com ideias de trabalhar na indústria cinematográfica trash, foi quando atuou como figurante zumbi em "Dia dos Mortos" que viu como as coisas funcionavam, e decidiu dar a sua contribuição. As atuações são bem ruins, algumas tomadas são ruins e temos inclusive cenas completamente fora de foco. A trilha sonora do filme foi composta pelo próprio diretor, que não parece ser um grande músico. Tem umas cenas que deveriam mostrar o caos do mundo tomado por zumbis, mas lá no fundo, depois da "horda", tem carros e pessoas passando tranquilamente. Outras coisas que podem ser vistas são alguns figurantes (zumbis ou não), rindo algumas vezes. A iluminação em várias cenas também é bem ruim. Mas todas essas tosqueiras nesse filme em especial, parecem ajudar.


Apesar de várias "falhas técnicas", os efeitos compensam. Tem um monte de zumbis no filme, um monte de sangue, tripas, nojeira, mais sangue, cabeças falsas, atropelamentos, tiroteios, mãos mastigadas, e por aí vai. É de se elogiar o trabalho que tiveram nesse quesito. Claro que também tem uns figurantes zumbis que só tem a cara pintada de preto (por mais bizarro que isso pareça, é verdade), mas tem bastante gore muito bem feito durante todo o filme.

Antes de mais nada, o filme é uma grande homenagem aos clássicos filmes de terror e seus responsáveis. Há muitos personagens com nomes como Raimi, Romero, Carpenter, Savini, King, entre outros. Em uma das cenas, vemos uns soldados assistindo "Evil Dead", e um deles diz pro protagonista (Raimi) que ele deveria ver também, que com certeza aprenderia a matar zumbis. Detalhe: a voz do personagem principal não é a voz do ator, mas sim a do Bruce Campbell, estrela de Evil Dead. O ator, Peter Ferry, até lembra as vezes, com um queixão e umas caretas que faz de vez em quando. Provavelmente o papel tenha sido criado com o "Ash" em mente.


O filme é um clássico e deve ser assistido aos amantes do gênero de filmes de terror trash, em especial os de zumbi. Esse é o público que com certeza vai gostar do filme. Já quem esporadicamente assiste algum filme de terror de Hollywood e acha que "Navio Fantasma" é muito assustador ou demasiadamente sangrento, deve passar longe.