sábado, 10 de outubro de 2015

Zumbi Gordo em Essen: Dia 3 - 10/10/2015

Maldita seja a ideia de ver toda a feira na quinta e sexta e deixar pra jogar no sábado e domingo!!! 

Artigo originalmente publicado na Ludopedia.

Hoje a feira tinha muita gente! Toda a cidade de Essen resolveu ir passear lá, eu acho. Dos lançamentos/hypes/jogos esperados/fodões, o único que eu consegui mesa livre pra jogar foi o 7 Wonders: Duel. E gostei muito do jogo! Ele tem mecânicas bem diferentes do 7 Wonders, e mesmo assim consegue manter a "identidade" do jogo, e não é só pela arte.



Não tem draft de cartas, elas são escolhidas de um grid formado por cartas abertas e fechadas, que é diferente pra cada era. Isso é muito massa porque tem vezes que tem que pensar muito bem se vale a pena pegar tal carta, liberando a que está em cima e que pode ser boa pro oponente, ou então pegar uma outra que não ajuda muito, mas forçando o oponente a ter que fazer uma decisão mais difícil.



As regras foram bem fáceis de aprender e a partida fluiu bem. Acho que não jogamos com nada errado. Ele está sendo vendido na feira por 25 euros, e mesmo achando que poderia ser um pouco mais barato, vale o investimento.



Joguei a versão digital de Camel Up, e o aplicativo é muito bem feito. A única coisa que não gostei é que todo mundo vê qual a cor que a gente tá apostando pra ser o vencedor ou perdedor. Mas acredito que ao jogar com um tablet isso aí é eliminado, pois o jogador pode pegar o dispositivo e simplesmente virar só pra ele ao fazer essa ação, coisa que não dava pra fazer com o monitor fixo na parede.


Testei o 011, que é mais antigo, mas nunca tinha visto ele, e é um dos que está em ótima promoção na feira. O jogo tem um monte de mecânicas misturadas, mas que funcionam. O objetivo do jogo é composto de várias coisas: o jogador tem que ter as 15 páginas de uma partitura, tem que saber quem é "O Escolhido", tem que achar a localização do órgão mágico (ui) e levar O Escolhido lá pra tocar a música antes do fim do mundo.


Isso tudo é feito com escolha de personagens, dedução, pontos de ação, movimentação pelo mapa, etc... É uma mistura de um monte de coisa, mas funciona. Pode não ser uma grande maravilha, mas jogamos metade de uma partida e foi bem legal. Pontos positivos extras: total independência de idioma e manual até em português!


Tem também a parte gráfica que é bem interessante. O jogo tem uma ambientação steampunk, e os personagens são os membros da banda Therion. Isso foi o que me chamou atenção lá em 2011, quando o jogo foi lançado, mas nunca tive oportunidade de jogar. Mesmo só gostando do primeiro álbum da banda (que não tem absolutamente nada com o som que a banda faz hoje em dia), tá valendo heheh


No estande da Artic Union (que é um agrupamento de empresas da Finlândia), joguei o Allies: Realm of Wonder. É um jogo de cartas para duas pessoas bem fácil de aprender, com poucas regras e uma mecânica até interessante. Sem muitos detalhes, envolve girar as suas cartas ou as do oponente pra aumentar o diminuir a força delas em cada um dos conflitos. Esses conflitos são pra tomar os terrenos, que é o que dá pontos no fim do jogo. Mas no geral eu achei ele meio chatinho e tem alguns poderes especiais que dão aleatoriedade demais ao jogo.



Outro que joguei foi Roar, que tem como diferencial a utilização de um tablet pra jogar. Nesse caso, é essencial o dispositivo. O jogo é sobre um monstro que está a solta pela cidade, e os cientistas devem capturá-lo. Um dos jogadores controla o monstro e os outros, os cientistas. Com o tablet, o jogador que controla o monstro "escaneia" o tabuleiro, identificando onde estão os cientistas. Ele então escolhe para onde o monstro vai  se mover. Os jogadores que são os cientistas vão escutar quatro sons. Cada um desses sons corresponde a uma esquina do local onde o monstro foi. O objetivo dos cientistas é conseguir capturar o monstro dentro de um determinado número de turnos, antes que o monstro consiga ir nos locais que ele recebe como objetivo no início.

Ah, e o monstro não tem peça física, ele aparece só no aplicativo, que também "vê" o cientistas e interage com realidade aumentada. É bem interessante pra crianças, é como um Interpol da nova geração.



O próximo a ser jogado foi Dino Race, um joguinho bem bobinho de corrida de dinossauros. Basicamente, o jogador vai usando as cartas de terreno pra mover seus dinossauros pro próximo tile, caso ele tenha a carta daquele terreno. Claro que tem umas cartas que sacaneiam os outros e umas outras coisinhas a mais, mas é um jogo pra crianças...




Também joguei Titan Race, mais um de corrida. Cada jogador controla um titã e quem completar 3 voltas no tabuleiro primeiro, vence. Mas a pista tem alguns obstáculos que causam dano, além dos poderes dos personagens e as cartas que fazem coisas variadas. A movimentação é feita através dos dados. O primeiro no turno joga todos os dados, e os resultados são as ações disponíveis a fazer. Podem ser coisas como "andar pra frente duas vezes", "andar pro lado duas vezes", "andar uma vez e deixar uma bomba" e coisas assim. É bem simples também, e bem caótico. A arte é bonita, inclusive com miniaturas bem legais.




Eu queria jogar o Deterrence 2X62, mas as vezes que passei pela Funbox estava tudo ocupado. Se conseguir, amanhã testo o jogo lá.


Procurei o My Village. Eu nunca joguei o Village, e não sei como são as mecânicas ou o tema, então não sei nada desse também. Não consegui mesa pra jogar, só fiquei um pouco vendo o pessoal jogar. E me agradou, fiquei afim de conhecer o jogo.





E por fim, joguei uma pérola chamada "Walk to Jesus". Eu já tinha certeza que o jogo era ruim, mas nunca imaginei que era tanto. A gente sentou pra jogar só pela piada, sem saber que a piada maior era o jogo... Eu prefiro passar uma tarde jogando par ou ímpar que jogar outra partida disso. É um jogo infantil pra fazer uma lavagem cerebral cristã nas crianças. As mecânicas do jogo são bem bobas, que consistem em rolar o dado, mover o peão e fazer a ação do local onde ele parou.


Essas ações podem ser coisas como ir para um dos círculos internos (eu já pensei na hora nos círculos do inferno de Dante! hehe), ficar rezando com a virgem Maria e ganhar uma rolagem extra, ganhar cartinhas de ações desbalanceadas, ou então cair em tentação (representado por um diabinho numa pilha de moedas) e ficar lá até conseguir rolar 1 no dado, e a incrível casa do "pecado" (representado pela cobra), que ao cair lá, o peão é simplesmente eliminado do jogo!


E como vencer nisso? Chegando no círculo central, não é só chegar lá e falar com Jesus. Ele é um cara muito ocupado. Então o jogador tem que conseguir chegar com um peão em um dos arcanjos da sua cor, e estando lá, conseguir rolar um 6. O "diferencial" do jogo é que ao parar na mesma casa que outro jogador, há duas opções. Dá pra mandar o oponente de volta pra casa inicial ou então ajudar o amiguinho, dando uma carta pra ele e ganhando uma rolagem extra! Que bosta né?


O engraçado é que eu tava usando essa camiseta:


É isso! Amanhã tem o último dia, espero conseguir jogar Conan, Blood Rage e mais vários outros, mesmo sabendo que a maioria eu não vou conseguir jogar heheh