Artigo publicado originalmente na Ludopedia.
Vamos para o segundo dia da feira.
Foi mais um dia de caminhar bastante e ver o que ainda poderia ter passado batido. Agora sim acho que já vi tudo que tem na feira hehehe. Ainda não parei pra testar nenhum jogo mais pesado, nem os lançamentos mais aguardados. Isso vai ser feito no sábado e domingo. Mas ainda assim, joguei algumas coisas legais hoje.
Um deles foi o Codenames, do Vlaada Chvátil. Quem conhece os jogos dele, sabe que não são de muita brincadeirinha. E esse surpreendentemente é um jogo bem simples, leve e rápido. Mas mesmo assim, tem capacidade pra dar um nó nos neurônios. Na mesa ficam dispostas 25 cartas em um grid 5x5. As cartas tem apenas uma palavra qualquer. Os jogadores dividem-se em dois times. O objetivo do jogo é conseguir identificar todos os seus agentes primeiro.
Pra isso, cada time tem um "líder", que é quem sabe a localização dos seus agentes naquele grid de cartas, além dos do inimigo, civis e um assassino. E o jogo funciona assim: na sua vez, o líder do time dá uma dica, que tem que ser só uma palavra, acompanhada de um número. Essa palavra deve ter alguma associação com uma ou mais palavras das cartas do grid, que são agentes seus. Os demais jogadores do time então tentam adivinhar qual ou quais são as cartas, dependendo do número falado, que é a quantidade de cartas para aquela dica.
Quando o time escolhe uma carta, o líder cobre ela com o agente da cor que ele é. Se ele não era nenhum agente, era um civil que fica com cara de quem não entendeu o contato que recebeu. E entre as 25 cartas há um assassino, que se for escolhido, o time que fez o contato com ele perde imediatamente.
Parece bobo, mas tentem formar dicas que juntem palavras como "Lead", "Wind", "Bomb", em uma jogada só, e ainda evitando que a palavra "Pilot", na localização do agente do time inimigo, tenha alguma relação com ela... É foda!
Eu joguei com mais dois brasileiros e três alemães, e o jogo era na versão em inglês. E pra complicar, na primeira partida, era um brasileiro e dois alemães contra uma alemã e dois brasileiros! heheheh Depois, juntamos os compatriotas e jogamos mais uma partida. Uma edição nacional seria interessante, pois o jogo tem bastante dependência de idioma, e acredito que seja de fácil produção, já que são só cartas.
Enfim, o jogo é bem legalzinho, rápido e interessante. Não sei quanto custa, mas não deve ser caro, são poucos componentes e a caixa é pequena. E pela quantidade de palavras e "mapas" de localização dos agentes, a rejogabilidade parece ser bem grande sem ameaçar que as dicas acabem se repetindo muito.
Outro jogo que testei foi o Flick 'em Up!. É um jogo de peteleco ambientado no velho oeste. O estande é muito legal, sempre cheio de gente jogando nas mesas que os caras fizeram com versões gigantes dos jogos. As regras não são nada complicadas. Cada personagem tem duas ações. Os vilões começam a cavalo, e quem estiver montado pode mover o dobro (empurrar o marcador de movimento duas vezes) como uma ação só. Os mocinhos podem dar dois tiros como uma ação só. O objetivo dos vilões é matar 3 mocinhos, que por sua vez devem conseguir roubar um dos cavalos e fugir do tabuleiro.
Eu não sei se é sempre assim ou se isso era o cenário que jogamos, talvez podendo ter vários cenários diferentes. A partida foi bem divertida, mas é um jogo que eu não compraria. Acho que deve enjoar meio rápido, não me empolgou muito. Ah, e os vilões venceram!
Sem enrolar muito nem ficar choramingando, vou deixar uma galeria de fotos, que aqui já são quase 2 horas da madrugada e por volta das 7 da manhã eu já vou acordar de novo pra ir pra mais um dia de feira. Mas podem ficar tranquilos que no final do evento, com tempo de sobra, vai ter mais postagens sobre tudo.
Até!
