terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Rhein in Blood XX - Metal extremo às margens do Reno!

Antes mesmo de chegarmos na Alemanha, eu já tinha pesquisado locais e eventos onde rola metal por aqui. Descobri o Valhalla em Colônia, e através dele fiquei sabendo do Rhein in Blood, um festival que acontece a cada dois meses, com bandas de metal extremo da região.


Dia 12 de dezembro era o próximo, e a ida era certa. A gente ainda não tinha ido até Colônia, então a ajuda do google maps era essencial. Chegando na estação em Bonn, ao pedir informações sobre o trem, a atendente sugeriu que a gente comprasse o ticket que era válido para quatro "usos", ou seja, duas pessoas poderiam ir e voltar.

Foi a primeira (e por enquanto a única) vez que pegamos o trem lotado, parecia um dos ônibus que vão pra UFSM. Depois de meia hora, mais ou menos, estávamos na estação em Colônia. Era noite, estava chovendo e não sabíamos a direção certa, só que deveríamos pegar um ônibus perto da estação, que nos levaria até perto do local.

perdidos, mas tirando foto. tem muita igreja massa por aqui!
Começamos a andar na chuva, procurando a parada de ônibus. Caminhamos por meia hora, até chegar novamente na estação de onde havíamos saído. Caminhamos em círculos, que merda! E então olhamos pro outro lado, e tava bem ali a parada de ônibus! Chegamos na parada, junto com o ônibus.

Ao chegar na parada indicada, fomos seguindo um pessoal que desceu junto e que pareciam que também iam pro festival. Andamos pouco, passando por baixo de uma ponte enorme (que é a que atravessa o rio), e achamos o lugar.

Chegamos por volta das 20h. A entrada custava 4€ por pessoa. O local é em um parque, próximo da margem do rio. Era possível ver ele da janela no bar. O interessante do lugar é que tem ambientes separados. Logo na entrada tem o bar, com umas mesas, cadeiras e bancos. Mais adiante, tem um corredor, onde haviam bancas vendendo materiais das bandas, além de cds e patches em geral. E nesse corredor, tinha o acesso a outra sala, que era onde ia acontecer os shows. Tudo já montado, e a primeira banda terminando os preparativos pra tocar.

No corredor havia um cabide com um monte de jaquetas penduradas, o que é um costume por aqui. Na rua é bem frio, e dentro dos locais sempre é muito bem isolado e tem aquecimento, então a galera larga suas roupas sem preocupação nenhuma.

Quando a primeira banda subiu no palco, não tinha muita gente ainda. O som a Ius Talionis é um black metal ríspido, reto e rápido. Todos de corpse paint e indumentária característica do estilo. Achei o show deles curto, tocaram acho que umas 4 ou 5 músicas, sendo que um dos guitarristas não tocou uma e na última música teve a participação de outro cara.



A segunda banda a tocar foi a Five Dollar Crackbitch, com um death metal rápido e com bastante peso. Destaque pro vocal do cara, bem massa.



Em seguida, veio a Nidahl, também com um black metal rápido, e com toda a caracterização. O show deles teve uma pequena pausa, pois a pele do bumbo rasgou. Rapidamente os organizadores trouxeram outro bumbo, montaram tudo e seguiu o baile. Vale a pena mencionar que nesse show não se via o baterista nem o baixista, que estavam no fundo do palco, porque tinha MUITA névoa. Aquela máquina nunca deve ter trabalhado tanto!



A última banda a tocar foi a Skum, a única da cidade mesmo. Assim, muita gente já conhecia a banda e foi a que mais movimentou o público. A banda também toca death metal, mas com uma sonoridade mais "moderna", com mais melodia e alguns vocais menos guturais, mas também não limpos.



Essa foi a única a tocar cover, encerrando seu show com Territory, o que fez a gente se sentir em casa hehehe. Sepultura é senso comum por aqui quando se fala em Brasil.




O público apoiou as bandas durante os shows, e mesmo não estando lotado de gente, tinha um bom público pra um dia frio e chuvoso (se bem que frio, sempre é hehe). Eu esperava ver mais gente, mas ainda assim, foi bom. Vale dizer que o palco, a iluminação, o som e a equalização estavam muito bons. Muito diferente do que a gente normalmente vê em eventos do mesmo porte no Brasil.

Aproveitei a noite também pra fazer uma propaganda da Human Plague.

Uma das figuras de destaque é o tiozinho que aparece em alguns vídeos, agitando de monte, "cantando" todas as músicas e as vezes querendo aparecer mais que os caras das bandas. Pelo jeito é figura certa na noite metal da cidade, pois encontramos ele também no dia que estivemos no Valhalla.

Assim que acabou a última banda, muita gente começou a ir embora, e como ainda tínhamos que pegar o trem de volta, sem saber exatamente qual, fomos também. Tomando como referência um prédio bem alto que tem do lado da estação, fomos caminhando até lá. Descobrimos o trem e o horário e ficamos esperando na estação tentando espantar o frio e os ratinhos que vivem pelos trilhos.

no caminho pra estação, um outdoor do AC/DC. não é em qualquer lugar que se vê um desses!
No próximo Rhein in Blood, estaremos novamente lá, com certeza. E viva o underground!

Ao som de Skum - Prašina.