sábado, 29 de outubro de 2011

Exposição de gibis antigos do Clube do Gibi de São Gabriel

Nos dias 21 e 22 de outubro rolou a 1ª Exposição de gibis antigos do Clube do Gibi de São Gabriel, na Feira do Livro. Fui pra lá ajudar a galera a organizar, e foi muito massa.

exemplares antigos em exposição


Segue um "press-release" feito após o evento:

O Clube do Gibi de São Gabriel, fundado pelos amigos João Irapuam T. Torres, Magal Nunes, Cássio F. Lemos, Dimitri Teixeira, Fabíula Petim e Murillo Mattos, finalizou com êxito sua primeira participação na Feira do Livro de São Gabriel, tendo superadas suas expectativas, com uma boa participação da comunidade.

Foi o primeiro evento público promovido pelo CGSG, em quase um ano de existência.
A Exposição de Gibis Antigos, englobando principalmente o período entre as décadas de 30 a 70, atraiu muita gente que veio conferir os cerca de 200 quadrinhos expostos do acervo do membro fundador, o colecionador João Irapuam. Destaque para os álbuns de luxo de 1938 até 1975, passando por edições populares infantis e épicos da aventura como Tarzan, Fantasma, Capitão Marvel, até álbuns europeus como Valentina e Barbarella. A exposição despertou um saudosismo nos mais velhos, lembrando dos títulos que acompanhavam, e espanto nos mais novos que descobriram o que se lia antes que Naruto e cia. desembarcassem em terras brasilieras.

Além dos exemplares antigos, havia também um banner contando um pouco da história dos quadrinhos, desde seus primórdios na pré-história, até a era moderna, passando pelas primeiras manifestações no Brasil e no mundo.

Tivemos também o Gibrick, uma pequena banca com quadrinhos semi-novos para venda e troca entre os membros e a comunidade e que fez muito sucesso entre a gurizada que foi ao evento.

Os planos para o futuro do Clube do Gibi de São Gabriel incluem exposições temáticas sobre quadrinhos, painéis, a criação de uma gibiteca e de um fanzine.

Agradecemos o apoio dado pela Secretaria de Educação na pessoa da Prof. Miguelina Weber, da Câmara de Vereadores, na pessoa do vereador Vagner Aloy; e da Associação Cultural Alcides Maya na pessoa da sua presidente, Maria da Graça Cunha; além do apoio logístico da Renata Azevedo, Nímia Azevedo e Letiane da Ponte. Aos funcionários da Câmara que se disponibilizaram a ajudar, Luís Evanir e Gercílio Caum; e a GGM Comunicação Visual que nos deu apoio material e logístico.

Cobertura do evento, incluindo MUITAS fotos, na sequência...

Dia de Euro: Luna, Burgund, Troyes, De Vulgari Eloquentia e Colonizadores de Catan

Tempos atrás rolou dia de jogo só com euros. O primeiro a ir pra mesa foi o Luna. É um jogo do Stefan Feld, sobre quem eu já tinha falado no post passado.

Nesse jogo, cada participante representa uma Ordem de sacerdotes que querem ser os sucessores de Luna, a sacerdotisa da lua. Vence o jogador que tiver o maior número de pontos de influência.

O tabuleiro é dividido em várias ilhas, cada uma delas com uma característica diferente. Os jogadores são representados pelos noviços, que são utilizados para ativar os "poderes" das ilhas, ingressar no templo e interagir com os personagens.

o templo, localizado no tabuleiro central


Há várias ações possíveis de se executar, como mover os noviços, interagir com a ilha, entrar no templo, entre outros.

a ilha que dá o marcador do barco, que permite mover os noviços


O jogo não é pesado, não leva muito tempo pra jogar e as regras não são difíceis de aprender. Mas dá chance de queimar os neurônios tentando otimizar os movimentos e ações.

o construtor, que permite que os jogadores construam na ilha onde ele está presente


Além de planejar onde ir de acordo com os tiles que pode obter nas ilhas, também há os personagens. O construtor permite construir na ilha, a Luna dá pontos pra quem tem maior presença na ilha onde ela está, o guarda determina quais peças do templo estão disponíveis sem custo, e o outro personagem (não lembro como ele é chamado) tira pontos dos jogagores.

o templo, onde os noviços vão entrando pra garantir pontos no fim do jogo, mas que as vezes podem ser expulsos


Cada um dos tipos de tiles das ilhas dá a possibilidade de executar uma ação diferente.


O próximo jogo que foi pra mesa foi o Die Burgen von Burgund, comentado no post passado

o jogo se adapta muito bem ao número de jogadores


Essa partida foi jogada entre 4, então tinha mais alguns slots dos armazéns disponíveis.


A randomização dos tabuleiros individuais é interessante, porque como são todos diferentes, cada um tem sua disposição dos terrenos, fazendo com que o jogador tenha um foco em alguma estratégia, de acordo com o mapa.

mapa com alguns tiles já posicionados


Nessa partida eu me ferrei violentamente, nas 5 primeiras rodadas, rolei o mesmo número nos 2 dados. E nesse jogo isso é muito ruim! Mas, no decorrer da partida fui melhorando, o azar inicial não chegou a estragar com o meu jogo.


A estreia da noite foi Troyes, jogo que ficou bem famoso por ter uma mecânica diferenciada, e ganhou alguns prêmios. O jogo também funciona com dados, mas além deles há cartas de eventos, alocação de trabalhadores e interação entre jogadores.

centro do tabuleiro, onde ficam os dados dos jogadores e os dados neutros


De acordo com a presença nas construções, determina-se o número e a cor dos dados que os jogadores rolam no início do turno. Depois disso, os dados vão todos para o centro do tabuleiro, separados nas áreas de cada jogador.

As cartas de evento necessitam de um certo valor de uma determinada cor para serem ativados. Por exemplo, pode haver um evento que necessite de um 4 amarelo. Se o jogador possui um dado amarelo, ele pode gastá-lo pra ativar a carta e ganhar seus poderes, pontos ou dinheiro. E aí entra um elemento muito interessante: é possível usar os dados de outros jogadores! Paga-se um custo em dinheiro ao jogador, e gasta o dado dele, ativando o que for possível, além de fazer com que o jogador não possa usá-lo na vez de jogar.

a catedral sendo construída


No início da partida, cada jogador recebe uma carta de objetivo, que no fim do jogo, se for cumprido, dá um bônus em pontos de vitória.

cartas ativadas e presença dos jogadores na construção dos dados amarelos


O jogo é muito bom, pé rápido e tranquilo de pegar as regras. Creio que a rejogabilidade dele seja alta, porque possui vários elementos randomizados, como a ordem dos eventos, além do resultado dos dados.


Depois de sair atrás de uma garrafa de refrigerante pela madrugada, e ter que dar uma boa pernada encarando a ventania e botecos sujos até achar, voltamos pra jogar De Vulgari Eloquentia.

O jogo se passa na Itália, e os elementos principais são o estudo do idioma italiano e a corrida pra se tornar o Papa. Sabendo disso, pode paracer "porra, que troço chato!!!", mas o jogo é muito legal!

Nesse jogo há muitos caminhos a se tomar pra conquistar os pontos de vitória, que podem envolver o estudo, a religião ou o comércio. Há diversos tipos de religiosos que podem ser contratados, e dão pontos de vitória e votos no final do jogo, para a eleição do novo Papa. Ah, esse detalhe é interessante, o final da partida se dá quando o Papa morre. E entre os 4 ou 5 últimos turnos, não se sabe em qual ele vai morrer.

marcador de turnos, com os personagens (representados pelos cubos) disponíveis em cada um dos turnos seguintes


Os jogadores vão se deslocando pelo tabuleiro para interagir com os locais e ganhar seus bônus. Alguns dão dinheiro, outros conhecimento. E em cada turno, há um evento em determinado lugar.

mapa com os marcadores (as rodelas) indicando quais jogadores já interagiram com quais cidades


Há locais específicos para se tornar um mebro do clero, e cada um dos padres disponíveis tem um "preço" e uma habilidade. Ao se tornar padre, algumas coisas mudam, como ganhar esmolas dos outros jogadores no início do turno.

visão geral do tabuleiro


Eu decidi que não ia virar padre, ia seguir como mercador. Só que os padres tem vários arregos, como esse de ganhar esmola (que os mercadores são obrigados a dar), entre outras coisas.


Uma das coisas que mais dá ponto é a aquisição dos papiros, que têm vários níveis de pontos e cores. Dependendo da quantidade de pontos que ele dá, é necessário ter atingido um nível de escolaridade equivalente. Esse é um dos caminhos que o jogador pode focar pra gerar pontos.

últimos turnos, quando não se sabe a que momento o Papa vai morrer e acabar o jogo


galera curtindo o jogo


Enfim, resumindo: eu gostei do jogo. É bem complexo, tem bastante alternativas de ações e coisas diferentes pra fazer. Não é um jogo indicado pra iniciantes.

detalhe do mapa


No fim da partida, mesmo perdendo a eleição pra Papa (que dá pontos), o Hammerfall venceu, e foi porque tinha mais dinheiro que eu, que era o único que ainda era mercador no final da partida. O Patrick virou Papa e ficou em terceiro, e o Felipe, que era o cara mais estudioso ficou pra trás.

pontuação final


Depois dessa partida, o Patrick foi embora e escolhemos o Colonizadores de Catan pra jogar. O sono já tava batendo, mas a partida foi tranquila. O ladrão saiu várias vezes, e atrapalhou bastante, ficando muito tempo em um lugar que dava coisa pra mim e pro Felipe.

partida em andamento


Eu tentei fazer uma estrada comprida, mas o Felipe agitou e fez uma muito maior.

aldeia


Eu fiquei fazendo upgrade nas minhas aldeias, só que não adiantava muito ter uma cidade em um lugar trancado pelo ladrão, e acabei deixando de ganhar muitos recursos.

galera com sono mas jogando


No fim das contas eu nem lembro quem ganhou, mas foi legal a partida, não demorou e foi equilibrada. Lá pelas 6 da manhã, quando a partida terminou, ligamos a televisão pra matar tempo até a hora do ônibus que os guris iam pegar.

os espectros de catan


Não lembro em que canal era, mas tinha um pastrou evangélico americano muito velho e muito louco, falando umas coisas muito viajadas que nos prestamos a assistir até. "Porque 11 é mais que 9 e 10!". "A medida extra". E pedia 911 reais de doação...

Em homenagem, deixo essa sonzeira do RDP: