Nesse jogo, cada participante representa uma Ordem de sacerdotes que querem ser os sucessores de Luna, a sacerdotisa da lua. Vence o jogador que tiver o maior número de pontos de influência.
O tabuleiro é dividido em várias ilhas, cada uma delas com uma característica diferente. Os jogadores são representados pelos noviços, que são utilizados para ativar os "poderes" das ilhas, ingressar no templo e interagir com os personagens.
Há várias ações possíveis de se executar, como mover os noviços, interagir com a ilha, entrar no templo, entre outros.
O jogo não é pesado, não leva muito tempo pra jogar e as regras não são difíceis de aprender. Mas dá chance de queimar os neurônios tentando otimizar os movimentos e ações.
Além de planejar onde ir de acordo com os tiles que pode obter nas ilhas, também há os personagens. O construtor permite construir na ilha, a Luna dá pontos pra quem tem maior presença na ilha onde ela está, o guarda determina quais peças do templo estão disponíveis sem custo, e o outro personagem (não lembro como ele é chamado) tira pontos dos jogagores.
Cada um dos tipos de tiles das ilhas dá a possibilidade de executar uma ação diferente.
O próximo jogo que foi pra mesa foi o Die Burgen von Burgund, comentado no post passado
Essa partida foi jogada entre 4, então tinha mais alguns slots dos armazéns disponíveis.
A randomização dos tabuleiros individuais é interessante, porque como são todos diferentes, cada um tem sua disposição dos terrenos, fazendo com que o jogador tenha um foco em alguma estratégia, de acordo com o mapa.
Nessa partida eu me ferrei violentamente, nas 5 primeiras rodadas, rolei o mesmo número nos 2 dados. E nesse jogo isso é muito ruim! Mas, no decorrer da partida fui melhorando, o azar inicial não chegou a estragar com o meu jogo.
A estreia da noite foi Troyes, jogo que ficou bem famoso por ter uma mecânica diferenciada, e ganhou alguns prêmios. O jogo também funciona com dados, mas além deles há cartas de eventos, alocação de trabalhadores e interação entre jogadores.
De acordo com a presença nas construções, determina-se o número e a cor dos dados que os jogadores rolam no início do turno. Depois disso, os dados vão todos para o centro do tabuleiro, separados nas áreas de cada jogador.
As cartas de evento necessitam de um certo valor de uma determinada cor para serem ativados. Por exemplo, pode haver um evento que necessite de um 4 amarelo. Se o jogador possui um dado amarelo, ele pode gastá-lo pra ativar a carta e ganhar seus poderes, pontos ou dinheiro. E aí entra um elemento muito interessante: é possível usar os dados de outros jogadores! Paga-se um custo em dinheiro ao jogador, e gasta o dado dele, ativando o que for possível, além de fazer com que o jogador não possa usá-lo na vez de jogar.
No início da partida, cada jogador recebe uma carta de objetivo, que no fim do jogo, se for cumprido, dá um bônus em pontos de vitória.
O jogo é muito bom, pé rápido e tranquilo de pegar as regras. Creio que a rejogabilidade dele seja alta, porque possui vários elementos randomizados, como a ordem dos eventos, além do resultado dos dados.
Depois de sair atrás de uma garrafa de refrigerante pela madrugada, e ter que dar uma boa pernada encarando a ventania e botecos sujos até achar, voltamos pra jogar De Vulgari Eloquentia.
O jogo se passa na Itália, e os elementos principais são o estudo do idioma italiano e a corrida pra se tornar o Papa. Sabendo disso, pode paracer "porra, que troço chato!!!", mas o jogo é muito legal!
Nesse jogo há muitos caminhos a se tomar pra conquistar os pontos de vitória, que podem envolver o estudo, a religião ou o comércio. Há diversos tipos de religiosos que podem ser contratados, e dão pontos de vitória e votos no final do jogo, para a eleição do novo Papa. Ah, esse detalhe é interessante, o final da partida se dá quando o Papa morre. E entre os 4 ou 5 últimos turnos, não se sabe em qual ele vai morrer.
Os jogadores vão se deslocando pelo tabuleiro para interagir com os locais e ganhar seus bônus. Alguns dão dinheiro, outros conhecimento. E em cada turno, há um evento em determinado lugar.
Há locais específicos para se tornar um mebro do clero, e cada um dos padres disponíveis tem um "preço" e uma habilidade. Ao se tornar padre, algumas coisas mudam, como ganhar esmolas dos outros jogadores no início do turno.
Eu decidi que não ia virar padre, ia seguir como mercador. Só que os padres tem vários arregos, como esse de ganhar esmola (que os mercadores são obrigados a dar), entre outras coisas.
Uma das coisas que mais dá ponto é a aquisição dos papiros, que têm vários níveis de pontos e cores. Dependendo da quantidade de pontos que ele dá, é necessário ter atingido um nível de escolaridade equivalente. Esse é um dos caminhos que o jogador pode focar pra gerar pontos.
Enfim, resumindo: eu gostei do jogo. É bem complexo, tem bastante alternativas de ações e coisas diferentes pra fazer. Não é um jogo indicado pra iniciantes.
No fim da partida, mesmo perdendo a eleição pra Papa (que dá pontos), o Hammerfall venceu, e foi porque tinha mais dinheiro que eu, que era o único que ainda era mercador no final da partida. O Patrick virou Papa e ficou em terceiro, e o Felipe, que era o cara mais estudioso ficou pra trás.
Depois dessa partida, o Patrick foi embora e escolhemos o Colonizadores de Catan pra jogar. O sono já tava batendo, mas a partida foi tranquila. O ladrão saiu várias vezes, e atrapalhou bastante, ficando muito tempo em um lugar que dava coisa pra mim e pro Felipe.
Eu tentei fazer uma estrada comprida, mas o Felipe agitou e fez uma muito maior.
Eu fiquei fazendo upgrade nas minhas aldeias, só que não adiantava muito ter uma cidade em um lugar trancado pelo ladrão, e acabei deixando de ganhar muitos recursos.
No fim das contas eu nem lembro quem ganhou, mas foi legal a partida, não demorou e foi equilibrada. Lá pelas 6 da manhã, quando a partida terminou, ligamos a televisão pra matar tempo até a hora do ônibus que os guris iam pegar.
Não lembro em que canal era, mas tinha um pastrou evangélico americano muito velho e muito louco, falando umas coisas muito viajadas que nos prestamos a assistir até. "Porque 11 é mais que 9 e 10!". "A medida extra". E pedia 911 reais de doação...
Em homenagem, deixo essa sonzeira do RDP: