domingo, 19 de junho de 2011

Full Metal Yakuza [1997] - Ciborgue oriental tosco (e ruim)

Depois de muito tempo sem escrever sobre algum filme assistido, resolvi falar um pouco desse que eu vi esses dias. E que levei 4 dias pra conseguir ver todo.

Sinopse:

"Kensuke Hagane é um bandido pego de surpresa em uma emboscada. Resgatado por um cientista, ele escapa da morte mas vira um ciborgue. Agora ele parte em sua vingança que abalará o submundo do crime japônes."



É um filme japonês, com uma história "toscamente" legal. Parecia ser interessante, mas o filme é terrivelmente ruim.

O tal do Hagane é um otário do mais baixo escalão da Yakuza. Ele idolatra Tosa, mafioso foda, com o lombo todo tatuado. Em uma outra cena, aparece o Tosa com uma mulher, em uma rua, enquanto passam uns velhos chefes de outra família da máfia ou algo assim. Ele então puxa uma espada, mata alguns e arranca o braço de outro, com direito a muito sangue jorrando. A mulher que tava com ele fica de cara, e surge gritando "Seu sacana!". Que bosta né?! O que eu tenho aqui tá com legendas em português de Portugal, e em algumas cenas os caras se xingam fortemente de "seu parvalhão!".

Surge o título do filme, e logo depois, Hagane e outro cara vão cobrar uma dívida, mas acabam tendo que fugir da velha que tenta esfaquear eles. Hagane é rebaixado de cargo por isso.

A próxima cena mostra ele com a namorada, na cama. A mulher não tá nem aí, e ele fazendo um mega esforço. Ela então fala algo que o deixa traumatizado: "A tua picha é muito pequena, e nem a consegues por de pé." Ele dá uma porrada na vadia e sai fora. Fica todo deprimido numa praça, chegam uns marginais e dão uma surra nele. O cara é um bosta.

No outro dia, é chamado pra ser o motorista do Tosa, que tá pra sair da cadeia. Passam de carro pela mulherzinha do "Seu sacana!", lá do início do filme, mas Tosa manda seguir adiante. Quando chegam no destino, os dois são mortos a tiros por outros Yakuza.

Aí é que o fime muda completamente, até parece que vai começar a ficar legal. Mas não fica. Hagane acorda num lugar, tipo um laboratório, meio que um depósito, com um monte de pedaço de gente atirado pelos lados e umas máquinas. A primeira coisa que o imbecil faz é meter a mão na cueca e dizer "Oh! É tão grande!". Mas que merda!!?

Ele volta na praça, acha os marginais e dá uma surra muito forte neles, jogando os caras muito longe, sem entender o que tá acontecendo. Depois, enxerga a ex abraçada, bem serelepe, com o amigo dele. Vai andando todo triste pela rua, imaginando a conversa entre os dois. "Que achas da minha picha?" e "Quem tem a picha maior?". Ridículo, no mínimo. A trama do filme fica voltada pro trauma do otário com o tamanho do próprio pau.

Começa a chover, e ele toma uns choques e se desliga. O cientista maluco chega e leva o Hagane pro laboratório. Lá ele acorda com a cabeça separada do corpo e toma uma descarga elétrica que faz lembrar do momento em que foi assassinado. O cara explica pra ele que comprou os corpos pra fazer um experimento, criando um ciborgue com o cérebro dele e o coração do Tosa. O corpo parece um Jaspion depois da guerra, uma armadurinha bem tosca. Ele segue indagando o cientista, que diz que do Tosa, também foram colocados os nervos responsáveis por lutar e "a picha, tomates incluídos!". A tatuagem que o cara tinha nas costas também foi implantada, mas algumas partes foram perdidas. Hagane pede pra ele refazer o desenho nas partes que agora são de metal, e tem uma cena podre do cara tatuando com uma furadeira.

Começa o "treinamento" do ciborgue, e a primeira coisa ensinada é que ele precisa se alimentar de metal pra ganhar energia. Aí aparece ele comendo uns parafusos com leite! Era pra achar engraçado? A próxima lição é uma música que ele tem que cantar sempre que tiver perdendo o controle por sentir muita emoção. É uma musiquinha de ninar. E então vem o mais importante do treinamento: a posição de defesa! É uma pose ridícula, com as pernas apertadas, meio curvadas, com a bunda pra trás e uma mão na cabeça. Parece uma mulher se mijando. Bah, vou até colocar a imagem aí:


Pra andar defendendo, ele caminha do mesmo jeito que o Chapolin naquele episódio no Japão (será que todo mundo caminha assim lá?), em que ele fala com a gueixa e ficam de um lado pro outro caminhando com as pernas travadas, mexendo só os pés.

Então parte pra vingança. Surge num campo de golfe, onde os velhos da Yakuza tavam jogando e dá uma surra em uns caras, que ficam todos surpresos em ver que ele tá vivo. Chega em um prédio, mata uns no soco, e usa a grande técnica da posição defensiva pra chegar perto e matar uns caras armados. Arranca a cabeça dum cara, que sai voando pela cidade até cair no prédio dos chefões, e ele surge junto lá.

Quando vai matar o desgraçado responsável pelo assassinato dele e do Tosa, o cara que era amigo dele se mete, defendendo o patrão. Então ele desiste e se isola, vai morar numa praia. O filme que já tava ruim fica sem sentido e pior ainda. Em mais uma cena desnecessária, ele fica idolatrando a piroca nova implantada, e logo em seguida vê a mulher do Tosa por perto, visitando o túmulo dele.

Os dois ficam amigos e ela implora pra dar pra ele, pra conseguir esquecer o Tosa. Ele se nega e mostra que é um ciborgue, mas ela não dá bola. Ele se nega de novo.

No outro dia, a mulherzinha mala tenta matar o velho mafioso e é aprisionada. Mandam uma foto dela acorrentada, dizendo que pra ela ser solta, Hagane tem que matar o chefe de um outro grupo. A cena do início do filme se repete. Na mesma rua e escadaria onde o Tosa tinha matado uns caras, agora o Hagane mata esses.

Eu não aguento mais escrever sobre esse filme. Na sequencia, explodem a cabana do Hagane na praia, e acham que o mataram, porque só encontram o olho. Só que ele tá bem vivo, e enxergando onde os caras tão pelo olho que eles levaram! Vê que tem uma galera fazendo fila pra estuprar a mulher, inclusive o carinha amigo dele. A mulher morde e arranca a própria lingua, e morre!

Pra encurtar, que já perdi tempo demais escrevendo sobre essa bomba: ele chega lá, mata trocentos caras, divide um carro no meio, arranca cabeças, etc. Tudo isso com muito sangue jorrando. O "amigo" dele aparece, Hagane diz que não tem como matá-lo, o magrão diz que é por isso que ele é um cagalhão e enche o ciborgue de balaço.

Hagane fica de cara e divide o outro ao meio, e então morre, ajoelhado na frente do corpo fatiado. O chefão entra em cena, fala umas coisas de vilão em fim de filme e dá um tiro no Hagane. A bala entra pela boca e vai parar no estômago, dando energia, que faz sair um tentáculo (!!) das costas do ciborgue. Esse tentáculo entra no velho mafioso e o explode! Esgotam-se as energias e o Hagane parece finalmente estar morto.

Só que ainda não acabou. Na cena final, chega o cientista maluco, que diz "Full Metal Yakuza". Um cara pergunta: "Ele tá morto?". E então o cientista abre o sobretudo, e tem uma "picha" gigante. Os olhos do Hagane se abrem. E finalmente termina esse, que foi o pior filme que eu assisti em muito, mas muito tempo!

Se alguém se prestou a ler isso até o final, parabéns. Mas não percam tempo assistindo esse filme. Eu levei 4 dias pra conseguir terminar de ver, porque de tão ruim, eu sempre dormia. Como já tinha começado, queria assistir até o fim. Péssima decisão.