segunda-feira, 23 de maio de 2011

Jogatina - 07/05/2011 Morte na Terra-Média

Mais um sábado de jogo, e de início foi pra mesa o Middle Earth Quest. O jogo é da linha dos grandes da FFG, e como é de se esperar, possui várias miniaturas muito detalhadas e uma infinidade de marcadores e cartas.



O jogo se passa na Terra Média, onde um dos jogadores é o Sauron, controlando os monstros, eventos e coisas ruins que acontecem, e os outros são os heróis, que tem que evitar que o mal tome conta do mundo. Os heróis são genéricos, não são os clássicos do livro, e eu curti isso. Tanto o Sauron como os heróis tem um objetivo para cumprir, que é sorteado no início do jogo. Vence quem, ao final da partida, tiver cumprido seu objetivo. Cado aconteça um empate, pelo que lembro é travada uma batalha entre os espectros do anel e um dos heróis, caso em que a vitória do Sauron é praticamente certa.

Os heróis possuem seus atributos, que servem para comprar um determinado número de cartas, pra aumentar a força no combate e para evitar os perigos de locais com influência do Sauron. Cada herói tem um deck de cartas, que servem como marcadores de vida, são usadas para se mover e para o combate. À medida que for gastando as cartas, esse deck vai diminuindo e tornando o personagem mais vulnerável. É possível descansar no início do turno para reembaralhar o descarte e renovar o deck.


O Sauron tem diversas ações disponíveis para utilizar, além de cartas de eventos que em certos momentos ele pode jogar contra algum herói. Entre as ações, ele pode movimentar monstros, que são marcadores genéricos, e os minions, que são as miniaturas dos monstros fodas, como os espectros do anel, por exemplo. Também pode ir espalhando marcadores de influência a partir das fortalezas do mal.

Os combates são feitos jogando cartas, que possuem um valor de ataque, o um ícone indicando o tipo (melee ou ranged) e podem ter escudos indicando defesa, há também o custo dela em pontos de força e um texto com o efeito da carta. Os jogadores envolvidos vão jogando as cartas simultaneamente, até alguém morrer ou os envolvidos ficarem esgotados em pontos de força. Os combates são bastante desgastantes para os heróis, já que as mesmas cartas são utilizadas para se mover e para marcar a vida do personagem.


Durante o jogo, vários eventos vão acontecendo, podendo ser coisas ruins ou boas para os heróis. Alguns desses eventos fazem que certos personagens apareçam no tabuleiro, e caso um herói vá até ele, pode receber itens, bônus de atributos, treinamento (uma carta extra pro deck, com ataque e/ou efeito melhor que as comuns), ou então favores, que é o tipo de recurso que os heróis juntam para anular efeitos de cartas e eventos do Sauron.


No topo do tabuleiro, há um marcador das eras do jogo. O marcador dos heróis e os 3 marcadores do Sauron começam no início da primeira era. A cada final de rodada, o marcador dos heróis anda dois espaços (ou três, não tenho certeza), e de acordo com a(s) carta(s) de evento que estiver(em) em jogo, os marcadores do Sauron se movem. O interessante é que os heróis tem como anular essas cartas, fazendo com que os marcadores do Sauron parem de se mover. Quando mais avançado o jogo estiver nessa trilha, mais forte vão ficando as forças do mal. No início, o jogador que é o Sauron possui um limite de poder para jogar as cartas de evento, e somente alguns minions entram e jogo. A cada era, esse poder aumenta e novos minions entram no tabuleiro. Quando algum marcador chega no fim da trilha, o jogo termina e os jogadores revelam os objetivos. Outra maneira de o jogo acabar, é se os 3 marcadores do Sauron chegarem no meio da segunda era, com a vitória automática dele.


Sobre o jogo em si, e a partida: eu gosto desse jogo! O tema me atrai, o visual é muito bom e as mecânicas são interessantes, mesmo com bastante aleatoriedade, principalmente nos eventos. O jogo é demorado, e várias vezes os heróis são surpreendidos com algum evento e ficam meio perdidos no que fazer no turno. A cada turno Sauron vai ficando mais forte, e mesmo sendo bem difícil impedir isso, tem como. Mas é claro que tem problemas também! Os objetivos são bem desbalanceados. Se simplesmentes sortear entre todos, há possibilidades de pegar um objetivo muito fácil ou então um muito difícil.

Nessa partida, eu, a Priscilla e o Máscu éramos os heróis, e o Patrick era o Sauron. Nosso objetivo foi o mais difícil, que é terminar o jogo com no máximo 2 minions (os monstros fodões) vivos. O objetivo do Patrick era fácil, mas não sei se era o mais fácil, porque não cheguei a ver depois as outras cartas de objetivos do Sauron. Ele tinha que terminar o jogo com os espectros do anel ou 4 (eu acho) marcadores de influência no Condado. No meio da partida ele já tava com os espectros lá, e ninguém foi tentar lutar, porque é um dos inimigos mais difíceis do jogo, e quando ele é morto, no outro turno pode voltar! E também como ninguém conhecia as possibilidades de objetivo do inimigo, não fizemos nada.


Durante a partida a gente foi ficando forte, matando monstros, juntando favores, só que o objetivo, matar os minions era muito difícil. Quando conseguimos matar um deles, uma simples jogada de carta ressuscitou o desgraçado. Vários turnos perdidos a troco de nada... Pra ter uma ideia, o minion mais fraco precisa de pelo menos uns dois combates pra conseguir matar.

Enfim, tomamos uma surra! Na próxima vez, vamos escolher quais cartas de objetivo entram no sorteio. Na primeira vez que joguei o jogo, o objetivo dos heróis era ridiculamente fácil, juntar 5 marcadores de favores. No fim dessa partida, a gente tinha uns 20 eu acho.